Aceita?

Você me apareceu numa fase em que eu achava que já tinha vivido de tudo: amado muito, sofrido muito, tido todos os picos possíveis de adrenalina, serotonina, oxitocina, dopamina.

Entrou suave como um furacão, tirando de ordem todas as minhas verdades e me fazendo ter a certeza de te querer para sempre na mesma intensidade e instinto que uma vítima de catástrofes naturais busca pela vida.

Você me convidou para sua casa na certeza de que eu não tiraria nada do lugar. Não tirei. Eu só queria ficar. Estar ali entre as suas coisas. Ser sua. Não te falta um vaso de flor na mesa de sua sala? Ou um pinguim na sua geladeira? Eu posso ser.

Me deixa ficar? Não sou um convite bonito de alto relevo, o evento é simples. Mas vai ter dança, a comida é boa e a entrada é franca. Aceita?

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